Como a volta da CPMF pode afetar o seu negócio

Em meio à crise política e econômica que atinge o país, o forte ajuste fiscal sendo colocado em prática pelos governos da presidente afastada, Dilma Rousseff, e do, agora, presidente interino, Michel Temer é uma das prioridades para o reequilíbrio das contas do governo federal.

Além das medidas já anunciadas, o próprio atual Ministro da Fazenda, Henrique Meirelles, não descarta a volta da Contribuição Provisória sobre Movimentação Financeira (CPMF). Instituída em 1997, com o objetivo de ajudar no custeio da saúde pública, da Previdência Social e do Fundo de Combate e Erradicação da Pobreza, a contribuição foi extinta em 2007 e a volta do tributo ainda dependeria da colocação da proposta do governo em votação e de sua aprovação no Congresso.

Caso ela volte, como a CPMF pode afetar os investimentos e seu negócios? É sobre isso que vamos falar hoje.

 

Planejamento

Para os especialistas da área, a principal mudança com a volta da CPMF seria a forma de planejar de quem deseja investir ou aumentar seu negócio, visto que será necessário ter uma melhor organização para realocar o tributo nos valores finais a serem investidos.

 

Efeito cascata

O cuidado com o planejamento deve ser tomado devido ao efeito cascata que o imposto provoca, pois a tributação deve incidir sobre todo o processo de produção, ou seja, ele também será repassado aos consumidores finais, pressionando a inflação.

Outro fato que deve acontecer, caso a CPMF volte, é a diminuição nas movimentações financeiras, fonte onde o tributo é cobrado, fazendo com que mais dinheiro em espécie circule no país.

 

Poder de compra

Como a CPMF é um tributo que tem a alíquota fixa para todos os contribuintes, seu impacto é maior no bolso dos mais pobres. No geral, o valor do tributo é repassado ao preço dos produtos e serviços, embutido indiretamente pelos prestadores de serviços e fabricantes, fazendo com que qualquer pessoa pague mais caro por aquilo que consome, seja o milionário, seja o trabalhador que ganha um salário mínimo. É por isso que as pessoas de baixa renda sentiriam de forma mais acentuada a volta da CPMF.

Com o aumento do preço dos produtos, todos ficarão com um poder de compra mais limitado, ajudando na retração do mercado e, como dito anteriormente, no aumento da inflação. Com isso, há grandes chances dos negócios também serem afetados, devido à diminuição no número de possíveis clientes. Aqui, é preciso que a gestão tributária da empresa esteja atenta para evitar com que dinheiro seja desperdiçado e os investimentos sejam otimizados.

 

Transferências financeiras

Para quem investe ou é dono de um negócio, a principal preocupação com a CPMF deve ser as movimentações financeiras, visto que é sobre o valor destas que o imposto é cobrado. Para pagar menos impostos, será necessário calcular melhor suas transferências financeiras. A dica aqui é que criar uma conta investimento, na qual não há tributação dentro dela mesma, apenas para contas externas.

O que você acha da volta da CPMF? Como acha que ela afetaria seus investimentos e o seu negócio? Faça seu comentário. Para continuar recebendo nosso conteúdo diretamente em seu e-mail, cadastre-se em nossa newsletter, nos campos na parte inferior da página.

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