A utilização de um sistema (ERP) que garanta a geração do arquivo atendendo o layout é só o primeiro desafio do famoso Bloco K do SPED Fiscal, que estará em vigor a partir de janeiro de 2016. Contudo, um dos pontos fundamentais é o conteúdo que será exposto ao fisco.
Você sabe quais as informações base para o Bloco K? Ele é composto de dados amplos quanto ao que acontece com os materiais dentro da empresa, desde o estoque à produção.
Confira três impactos que o Bloco K terá sobre a indústria:
1: Controle do Consumo do Insumo
Ter controle de estoque e utilização dos insumos será um dos itens exigido das empresas industriais. Já movimentações de ajuste de estoque, movimentações de consumo interno de insumos não apropriados a ordens de produção, não serão escriturados no Bloco K. Como se deve emitir nota fiscal para estas saídas, a orientação é que estas movimentações sejam escrituradas em outro bloco.
2: Perda Padrão
Como a informação sobre os produtos é solicitada ao contribuinte, também será a informação dos coeficientes de utilização dos insumos para o produto produzido, com percentual de perda, ou seja, para quem usa o sistema Protheus da TOTVS, estrutura do produto. Caso durante o processo de produção tenhamos perda ou consumo superior ao previsto na estrutura do produto que exceda o percentual de perda, caberá a fiscalização “entender” o que é razoável ou não.
3: Controle do Estoque e Equívocos Comuns
O fisco terá condições de ter um controle de estoque em paralelo ao da sua empresa, devido às informações disponibilizadas.
Saiba quais são alguns dos equívocos comuns que passam a gerar exposição à empresa pós Bloco K:
· Entrar nota de entrada com unidade de medida não coerente com a unidade de medida do estoque;
· Lançar posterior ao fechamento de uma OP, movimentações de insumos (requisição ou devolução);
· Utilizar um insumo e o previsto na estrutura era outro;
· Utilizar sobras de outras OPs ou materiais de clientes para produzir, apontando como se fossem consumidos do estoque;
· Deixar OPs em aberto indefinidamente;
· Não ter controle de material em terceiros;
· Utilizar materiais de terceiros e apontar como se fosse próprio;
· Abrir uma OP para assistência técnica;
Normalmente são equívocos de procedimentos que devem ser realizados no sistema, mas que muitas vezes não são observados.
Portanto, cabe a consultoria de ERP, juntamente com a assessoria fiscal e contábil da empresa, analisar os processos e procedimentos que estão sendo realizados e propor procedimentos que sejam coerentes para evitar exposições desnecessárias.
Via: administradores.com